Rosa e Azul - Renoir (1881) |
Produzida em Paris no ano de 1881, a obra retrata as irmãs Alice e Elisabeth, filhas do banqueiro judeu Louis Raphael Cahen d’Anvers.A loira Elisabeth, nascida em dezembro de 1874, e a mais nova, Alice, em fevereiro de 1876, quando tinham respectivamente seis e cinco anos de idade.
Alice viveu até os 89 anos e morreu em Nice, em 1965. Elisabeth teve um destino trágico. Divorciada do primeiro marido, o diplomata e conde Jean de Forceville, casou-se com Alfred Émile Denfert Rochereau, de quem também se divorciou. Em 1987, por ocasião da exposição de obras do MASP na Fondation Pierre Gianadda, em Martigny, Suíça, o sobrinho de Elisabeth, Jean de Monbrison, escreveu ao museu relatando seu triste fim: ela se convertera ainda jovem ao catolicismo, sendo mesmo assim enviada para Auschwitz, devido à sua origem judaica, e morreu a caminho do campo de concentração, em março de 1944, aos 69 anos.
Perfiladas um pouco nervosamente diante de uma pesada cortina de cor de vinho, aberta para revelar um interior opulento, as duas meninas, impecavelmente penteadas e vestidas, seguram a mão uma da outra para maior segurança. Usando vestidos de festa idênticos, com fitas, faixas e meias combinando e os cabelos escovados em franjas perfeitas, Alice, cinco anos de idade, à esquerda, olha para o espectador como se estivesse para se desmanchar em lágrimas, enquanto a irmã maior, Elisabeth, de seis anos, parece um pouco mais confortável enquanto posa.
Além de ser uma obra-prima, Rosa e Azul sintetiza algumas das preferências de Renoir( Pierre Auguste Renoir -França - 1841-1919). O nome remete às tonalidades que estarão presentes em muitas das telas, sendo suas cores favoritas. As meninas quase se materializam diante do observador, a de azul com seu ar vaidoso, e a de rosa com um certo enfado, quase beirando as lágrimas. Além disso, o quadro apresenta uma mistura de técnicas que marca muito o trabalho de Renoir. Temos aqui três momentos bem distintos, criados com três técnicas diferentes. O primeiro deles é o rosto polido das meninas, praticamente sem sombras, muito bem trabalhado e de forma bem arredondada. Em seguida, percebe-se a tinta gorda esticada com um pincel chato que dá todo o volume e textura do cinturões dos vestidos. O terceiro momento é a sensação causada pela textura do vestido, pelo qual ele deixa transparecer a estrutura do corpo das meninas. Neste caso, ele aplica a técnica do pontilhismo - muito usada por seu amigo Alfred Sisley (1839-1899) - os tons são divididos em semitons e lançados na tela em pequeninos pontos visíveis de perto, mas que se fundem na visão do espectador ao serem vistos a distância. Este quadro demonstra ainda toda a energia de vida que Renoir sempre quis retratar em suas obras. (Por Percival Tirapeli )
Para o seu mundo de artista Renoir levava unicamente o que lhe fazia bem aos olhos e a alma. Por isso é fácil gostar de sua arte: não precisa ser interpretada ou lida de modo intelectualizado e nem confrontada com princípios ou idéias. Sem ser revolucionário e sem radicalizar contra qualquer conceito, Renoir firmou-se por uma aceitação quase universal. A sua idéia não era exatamente retratar a realidade, mas a maneira como essa realidade lhe causava uma impressão no instante dado. Junto com outros, como Monet que era seu principal amigo, criou assim a escola impressionista, em Paris, no final do século XIX.
Conheça um pouco mais de Renoir: www.angelfire.com/pa/genesis4/RENOIRBIO.html
Ajudou na minha interpretação desta obra, para uma atividade da escola, obrigada!!
ResponderExcluirpoxa,ñ tm nada a ver com que eu estava procurando,me desculpe(seu blog é lindo)
ResponderExcluirO que exatamente você está procurando?Deixe sua dúvida aqui,quem sabe posso ajudá-lo.
ExcluirERA O Q EU ESTAVA PRECISANDO,,,,,,VALEU!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirGOSTEI MUITO ,,,,VALEU!!!!!!!!!!
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