sábado, 11 de dezembro de 2010

Andy Warhol

Andrew Warhola( 1928-1987), mais conhecido como Andy Warhol, foi um importante artista plástico e cineasta norte-americano.  É um dos maiores representantes da pop art, além de ter ganhado grande destaque no cinema de vanguarda e na literatura.Um grande ícone das artes plásticas americanas.


Andy tem uma pintura agressiva,contundente;trabalha o objeto e o transforma em obra de arte.


Tem um estilo próprio onde faz uso de conceitos de publicidade em suas obras com o uso de tintas acrílicas, o que reforça nas cores fortes e brilhantes;geralmente traz um enfoque nos objetos de consumo e temas do cotidiano;também trabalhou na produção de rostos em série de personalidades da época (Marilyn Monroe, Che Guevara, Elvis Presley, entre outros) fazendo uso da técnica da serigrafia.
Os artistas deste movimento buscaram inspiração na cultura de massas para criar suas obras de arte, aproximando-se e, ao mesmo tempo, criticando de forma irônica a vida cotidiana materialista e consumista. Latas de refrigerante, embalagens de alimentos, histórias em quadrinhos, bandeiras, panfletos de propagandas e outros objetos serviram de base para a criação artística deste período. Os artistas trabalhavam com cores vivas e modificavam o formato destes objetos. A técnica de repetir várias vezes um mesmo objeto, com cores diferentes e a colagem foram muito utilizadas.





 
garrafas de coca-cola
Muitos críticos desprezavam Warhol, assim como, desprezavam Duchamp, Jeff Koons e os demais artistas da arte contemporânea (conceptual).Segundo o escritor Gore Vidal, Andy Warhol era "Gênio com o QI de um imbecil".

Muitas das obras assinadas por Andy Warhol, não foram feitas por ele mas sim por sua equipe sob sua supervisão; uma arte mecanizada, instituída como negócio.
mikey-mouse



Luciano Trigo, em um de seus artigos, colocou: "De fato, estritamente falando, o talento artístico de Duchamp e Warhol era bastante limitado, se comparado, por exemplo, ao de Picasso, Matisse, etc. Mas a importância histórica inegável de Duchamp e Warhol está justamente aí: ambos transformaram o significado da arte, subvertendo os seus valores (como autoria, originalidade, técnica, autenticidade, vocação) e abrindo caminho para práticas ainda hoje dominantes no cenário artístico. A cada geração, a sua influência aumenta - e modifica, para o bem e para o mal, o status símbolico da arte no mundo e a vida das pessoas."



Podemos dizer que de fato, a sua conhecida frase: In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro todos serão famosos durante quinze minutos), só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente massificada e em que a arte será distribuída por meios de produção de massa e chegar ao povo,pois em pleno século XXI percebe-se a indiferença e a falta de conhecimento e valorização da arte seja ela local ou não.

sábado, 20 de novembro de 2010

Puxada de Rede - Antonio Gomide


Antonio Gomide
Puxada de Rede
72 x 100 cm Óleo sobre telaAss. Inf. Dir. déc. 1950

A inspiração cubista do trabalho inicial de Gomide se opõe às fases posteriores , caracterizadas por uma abordagem mais espontânea e por um repertório mais diversificado (porém dominado pela figura humana). Atraído de início pelas soluções formalistas , mais tarde tende a dar vazão à sua mentalidade profundamente popular. Se se pode registrar uma certa dispersão nos objetivos de Gomide, do ponto de vista estilístico e psicológico, sua obra é investida de um clima muito pessoal, e que trouxe uma contribuição vital à arte brasileira da primeira metade do século XX.


A Puxada de Rede representa não só a relação que o pescador tem com o mar, onde ele praticamente vive toda a sua vida, mas com a sua família e com a sua religiosidade, em especial com Iemanjá que no sicretismo é a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes. Na cadência do atabaque, cantigas contando histórias de pescadores, pedindo por uma boa pesca, uma viagem tranquila e por uma volta segura, são cantadas enquanto a rede de arrasto é trazida de volta a praia.


Os Retirantes - Cândido Portinari

Os Retirantes - Cândido Portinari




Cândido Portinari conseguiu retratar em suas obras o dia a dia do brasileiro comum, procurando denunciar os problemas sociais do nosso país. No quadro Os Retirantes, produzido em 1944, Portinari expõe o sofrimento dos migrantes, representados por pessoas magérrimas e com expressões que transmitem sentimentos de fome e miséria.

Os retirantes fugiram dos problemas provocados pela seca, pela desnutrição e pelos altos índices de mortalidade infantil no Nordeste.Contribuíram para essa migração a desigualdade social, no Nordeste.

" Na tela percebemos  nove personagens de forma cadavérica, sendo  dois homens adultos e duas mulheres adultas. Percebemos também que na composição encontram-se cinco crianças, sendo que em apenas uma delas pode ser identificado o sexo, que neste caso está exposto, deixando a genitália da criança exposta(lado direito da tela).  Há uma criança totalmente nua, e o personagem imediatamente atrás desta mulher também encontra-se com seu dorso nú. É um velho, aparentemente o personagem mais idoso na composição. Possui cabelos despenteados e barba, ambos já estão brancos, e segura um cajado. Seu olhar se faz distante.

A mulher que segura a criança, a sustenta pelo lado, apoiando-a seu quadril. Seu olhar distante, também transmite tristeza e solidão, que é marcada pela fragilidade de sua fisionomia. Há  um pequeno raio de cor presente na veste desta mulher, que usa uma saia com o tom rosa/avermelhado. Esta mulher,  frágil em sua condição social, possui um certo vigor físico, maior que seu suposto marido.

Na outra família (centro) percebemos uma mulher mais jovem, com cabelos longos e negros, e olhar  triste, cansado e sua face retrata seu sofrimento. Esta mulher está segurando com seu braço esquerdo uma trouxa branca na cabeça  que certamente contém roupas. No braço direito  uma criança recém nascida.
Ao seu lado está seu marido, com um chapéu na cabeça, segurando a mão de uma criança que também está usando um chapéu. Com a outra mão o pai das crianças esta segurando um pequeno pedaço de pau, com uma trouxa de roupas na sua ponta, que está apoiada sob seu ombro esquerdo. E ao lado do pai se
encontram duas crianças, sendo a da frente do sexo masculino, pois está seminua
e sua genitália está à mostra. Esta mesma criança apresenta um abdome bastante avantajado, o que pode ter sido proposital pelo artista ao querer mostrar que no período da produção da obra o país enfrentava sérios problemas com as questões de saneamento básico e tratamento da água, o que fazia com que
grande parte da população fosse atingida pela esquistossomose.

No céu há uma grande quantidade de pássaros pretos que foram retratados num céu bastante azul, certamente os pássaros pretos aparecem com a  finalidade de retratação da morte, lembrada pela presença dos urubus, a qual mantém uma intima relação com esta ave que sorrateiramente aguarda a hora de se aproveitar daqueles que não resistem mais e morrem.

De certa forma há  também uma alusão alegórica  à morte no encontro de uma destas aves com o cajado do personagem mais velho da composição, formando a conhecida ´foice` que representa a presença desta que ceifa a vida.


 Na  linha do horizonte percebemos uma luminosidade presente, diferenciando-se de toda a cena que é predominantemente escura. E ainda no lado superior direito percebemos a lua retratada num tom de cinza escuro, o que a faz quase se confundir com o céu.

 No canto inferior esquerdo, percebem-se algumas montanhas bastante distantes, e quatro “montinhos” de terra. Sob o chão que os personagens estão, podemos perceber que existe uma grande quantidade de pedras e também uma parte de um osso de animal, este osso, pela sua constituição e forma, percebemos que é uma parte de fêmur, osso da perna que sustenta o corpo, está retratado numa cor bastante clara, quase num tom de branco.

Temos um embate entre o sagrado e o profano, o sagrado da família e a morte que se mostra para profanar ainda mais este cenário de sofrimentos. Percebemos claramente o ciclo da vida que se inicia com uma criança nesta cena, e finda na figura cadavérica do personagem mais idoso da composição."

FONTE: Da monografia de : MANUEL ALVES DA ROCHA NETO)




Segundo MANUEL ALVES DA ROCHA NETO em sua monografia "Possibilidades de Leitura na obra Retirantes de Cândido Portinari"  "A acentuada força dramática da Série Retirantes nasceu das visões de Portinari ainda menino. Desde pequeno, assistia da janela de sua casa ao vaivém das sofridas famílias que fugiam da seca do Nordeste à procura de trabalho.Eram famílias inteiras em estado de grande pobreza, imagens que marcaram a vida do menino e do pintor. Sensível, denunciou, através do pincel a degradação de uma parcela significativa de homens e mulheres, brasileiros trabalhadores e sofredores. Através de sua obra, o artista consegue com uma abrangente visão crítica, fazer um documento visual da nossa realidade. Embora não se restrinja à questão critica da realidade brasileira, isso já seria o bastante para estar situado entre os
artistas de destaque de nosso país.Os Retirantes (1944) de Portinari assumiram uma feição acentuadamente social na carreira do mestre brasileiro. Não apenas em virtude da Grande Guerra iniciada em 1939, como em face do apelo aos recursos de expressão que caracterizariam em seguida a parte mais notável de sua obra, que nos últimos anos da vida, já não eram apenas quadros sociais, tornando-se soluções de problemas formais."
CLICK E VEJA AQUI VIDEO COM OUTRAS OBRAS DE PORTINARI

A Fonte - Marcel Duchamp

A FONTE - Marcel Duchamp


Marcel Duchamp, foi um dos artistas inseridos no movimento dadá. Duchamp tentou expor em uma galeria um mictório, o qual ele simplesmente virou e intitulou-o “fonte”. Entretanto, sua “obra de arte” foi tratada como um simples mictório, deixado de lado para ser colocado em um banheiro masculino. Mesmo a obra não tendo sido exposta, a mensagem foi passada, pois o caso foi mostrado à todos e acabou fazendo com que as pessoas repensassem alguns conceitos. Afinal, porque um mictório não poderia ser arte? Por que uma pessoa que teve essa visão de virar um mictório e chamá-lo de fonte não pode ser tratado como artista?


A transformação de um urinol em uma obra de arte representa a alteração do sentido de um objeto do cotidiano e  crítica às convenções artísticas até então vigentes.
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A Fonte é um urinol de porcelana branco, considerado uma das obras mais representativas do dadaísmo na França, criada em 1917, sendo uma das mais notórias obras do artista Marcel Duchamp.
O objeto foi vandalizado em 6 de Janeiro de 2006, no Centro Pompidou, em Paris, por um francês de 77 anos que a atacou com um martelo. O vândalo foi detido logo em seguida e alegou que o ataque com o martelo era uma performance artística e que o próprio Marcel Duchamp teria apreciado tal atitude. A obra sofreu apenas escoriações leves.
Em janeiro de 2006, estimava-se que a obra valeria cerca de 3 milhões de euros

Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida cotidiana, a priori não reconhecido como artístico, para o campo das artes. A princípio como uma brincadeira entre seus amigos, entre os quais Francis Picabia e Henri-Pierre Roché, Duchamp passou a incorporar material de uso comum nas suas esculturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.

A Fonte, obra que fez repercutir o nome de Duchamp ao redor do mundo - especialmente depois de sua morte -, está baseada nesse conceito de ready made: pensada inicialmente por Duchamp (que, para esconder o seu nome, enviou-a com a assinatura "R. Mutt", que se lê ao lado da peça) para figurar entre as obras a serem julgadas para um concurso de arte promovido nos Estados Unidos, a escultura foi rejeitada pelo júri, uma vez que, na avaliação deste, não havia nela nenhum sinal de labor artístico. Com efeito, trata-se de um urinol comum, branco e esmaltado, comprado numa loja de construção e assim mesmo enviado ao júri, entretanto, a despeito do gesto iconoclasta de Duchamp, há quem veja nas formas do urinol uma semelhança com as formas femininas, de modo que se pode ensaiar uma explicação psicanalítica, quando se tem em mente o membro masculino lançando urina sobre a forma feminina.

domingo, 7 de novembro de 2010

OLHOS DA MATA - GERALDO CRUZ

Obras do artista tem como foco a natureza, e já passaram em várias regiões brasileiras

OLHOS DA MATA é uma coleção de obra do artista Geraldo Cruz, inspirada no olhar perplexo dos habitantes da floresta que observam impotentes as ações insensatas do homem dito civilizado que destroem a natureza, o meio ambiente e a própria vida. A cor forte,a expressão no olhar são marcas profundas nessa coleção. 


"Olhos da Mata" é uma coleção só sobre olhos mesmo, é um close no olhar da arara, do tucano, do papagaio, da coruja, do jacaré, do índio, do seringueiro. Um olhar, sobre o olhar dos habitantes da floresta, sobre elas, olhos de habitantes da floresta em close, como que observar atônitos a insensatez humana ao destruir a Amazônia. A técnica utilizada por Geraldo Cruz para esta coleção foi concebida por telas esticadas como couros de animais ao sol.




Geraldo Cruz
Pintor, escultor, desenhista e cenógrafo, Geraldo Silva da Cruz nasceu em 1957 no seringal Jumas, às margens do Rio Madeira, no coração da floresta, no distrito de Calama, pertencente a Porto Velho. Iniciou a exposição de seus trabalhos a partir de 1980 no II Exposição Coletiva de Artes Plásticas promovida pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Turismo (Secet), em Porto Velho.





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LES AMANTS – RENÉ MAGRITTE

Magritte, Os amantes
De onde vinha o fascínio de Magritte por rostos cobertos?
No uso dessas mortalhas Magritte em Les Amants tem sido interpretada de muitas maneiras diferentes:
Uma interpretação é que as saias são símbolos para o adágio de que "o amor é cego". O devotado amante verdadeiramente reconheceria sua alma gêmea, sob qualquer forma. Portanto, em amantes características faciais são o seu atributo menos importante. O verdadeiro amor preenche o vazio da mortalha. 


Outra interpretação é que Magritte era fascinado por fantamas, o anti-herói do romance francês e séries de cinema. FantAmas sempre apareceu disfarçado com um pano ou lotação acima de sua cabeça, como as figuras emLes Amants.


 Uma terceira interpretação é que as pinturas representam a mãe de Magritte. Quando Magritte tinha quatorze anos, sua mãe cometeu suicídio. Seguindo seus passos para o rio Sambre, Magritte encontrou o corpo que estava nu, para além da camisola que se tornou envolvida em torno de seu rosto. 


Há evidências de que enfraquece todas essas interpretações. A primeira interpretação é posta em choque por algumas das outras obras de Magritte, incluindo L'oicentrale stoire (The Story Central)(1927) [left] e L'invenção de la vie (A Invenção da Vida)(1927-1928). Em ambas as obras, os sujeitos estão envoltos em tecido branco, mas também não apresenta o feminino / masculino casal, que foi apresentada em Les Amants, minando assim a idéia de que as mortalhas declara que "o amor é cego". de dedicação de seus quadros de Magritte ao caráter FantAmas parece improvável assim. FantAmas é um criminoso, louco hediondos (FantAmas recargas os dispensadores de perfumes em uma loja de departamentos parisiense, com ácido sulfúrico em uma história).Assim, escuro presença violentamente FantAmas em bastante quente (apesar de incomodar) cenas como Les Amants parece improvável. A interpretação final da pintura, embora apoiado pela evidência histórica subjacente, é undermINED pelos ideais de Magritte próprias declarações e surrealismo. Embora influenciado pela psicologia, os surrealistas viram o inconsciente humano como um poço de criatividade, não um mistério a ser desconstruída e resolvidas.Magritte, ele próprio não gostava de interpretações que depreciam o mistério de suas obras, e considerados os seus quadros um "desafio do senso comum", representando mais do que as neuroses do artista.Assim, talvez, como previsto, Les Amants I & II conseguiu habilmente evitar qualquer desconstruções crítica tendo em vista tanto trabalho.


René François Ghislain Magritte (21 de novembro de 1898 - 15 de agosto de 1967) se tornou conhecido por um número de instigantes imagens espirituosas. Seu objetivo pretendido por seu trabalho era desafiar 'precondicionado percepções de observadores e forçar os espectadores a realidade tornando-os hipersensíveis ao ambiente.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Criança morta - Cândido Portinari




Criança Morta - Cândido Portinari/ oleo s/tela

Criança Morta de Cândido Portinari,que faz parte da série sobre os retirantes nordestinos tem sua carga dramática potencializada pela composição do quadro - um agrupamento humano do qual se projeta a criança morta.
Pelo predomínio do tom terroso que marca a parte inferior da tela,pelas lágrimas da menina e,principalmente,pelo aspecto tenebroso das figuras humanas,que oscila do cadavérico ao fantasmagórico.Um quadro dantesco de luta entre a vida e a morte.

 Portinari expressa os dramas do povo brasileiro, e retrata com a sua forma chocante de ver, o que ocasionou forte repercussão na época, visto que a sociedade (1944) não estava preparada para o realismo dos pincéis do pintor.Um dia perguntaram a Portinari por que ele pintava gente tão feia e miserável e ele respondeu que fazia porque, olhando o mundo, era só o que via: miséria e desolação.
 


Ele sofreu perseguições por parte do governo, justamente por pintar e chocar a miséria em seus quadros.
Dento das Vanguardas Européias a tela está dentro do Expressionismo.




domingo, 22 de agosto de 2010

MOVIMENTOS DE VANGUARDA



Expressionismo




O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanhaentre 1905 e 1930.

Principais características:
 * pesquisa no domínio psicológico;
 * cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
 * dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
 * pasta grossa, martelada, áspera;
 * técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
 * preferência pelo patético, trágico e sombrio



Uma Olympia moderna, c. 1873-1874. Museu d'Orsay, Paris




Paul Cézanne (1839-1906)  - sua principal tendência foi converter os elementos naturais em figuras geométricas - como cilindros, cones e esferas – que se acentuou cada vez mais, de tal forma que se tornaria impossível para ele recriar a realidade segundo “impressões” captadas pelos sentidos.
Tanto na “A Casa dos Enforcados” , como na “Moderna Olympia”, exibidas no Grande Salão, Cézanne já esboça a sua tendência às formas geométricas. Um exemplo do seu perfeccionismo pelas formas pode ser expresso pelos seus 60 quadros acerca do mesmo tema: o Monte Saint Victoire, próximo à Aix. Ele ficou quase 30 anos aprimorando a “geometria” da montanha em aquarelas de traços retos e vigorosos e ângulos quase perfeitos.

Van Gogh - outro grande nome do Expressionismo

   Vicent Van Gogh (1853-1890) - Vicent Van Gogh (1853-1890) - empenhou profundamente em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza através da cor, que para ele era o elemento fundamental da pintura. Foi uma pessoa solitária. Interessou-se pelo trabalho de Gauguim, principalmente pela sua decisão de simplificar as formas dos seres, reduzir os efeitos de luz e usar zonas de cores bem definidas. Em 1888, deixou Paris e foi para Arles, cidade do sul da França, onde passou a pintar ao ar livre. O sol intenso da região mediterrânea interferiu em sua pintura, e ele libertou-se completamente de qualquer naturalismo no emprego das cores, declarando-se um colorista arbitrário. Apaixonou-se então pelas cores intensas e puras, sem nenhuma matização, pois elas tinham para ele a função de representar emoções. Entretanto ele passou por várias crises nervosas e, depois de internações e tratamentos médicos, dirigiu-se, em maio de 1890, para Anvers, uma cidade tranqüila ao norte da França. Nessa época, em três meses apenas, pintou cerca de oitenta telas com cores fortes e retorcidas. Em julho do mesmo ano, ele suicidou-se, deixando uma obra plástica composta por 879 pinturas, 1756 desenhos e dez gravuras. Enquanto viveu não foi reconhecido pelo público nem pelo críticos, que não souberam ver em sua obra os primeiros passos em direção à arte moderna, nem compreender o esforço para libertar a beleza dos seres por meio de uma explosão de cores. Obras Destacadas: Trigal com Corvos e  Café à Noite.




Edvard Munch (1863-1944) : foi um dos primeiros artistas doséculo XX que conseguiu conceder às cores um valor simbólico e subjetivo, longe das representações realistas. Seus quadros exerceram grande influência nos artistas do grupo Die Brücke, que conheciam e admiravam sua obra. Nascido em Loten, Noruega, em 1863, Munch iniciou sua formação na cidade de Oslo, no ateliê do pintor Krogh. Realizou uma viagem a Paris, na qual conheceu Gauguin, Toulouse-Lautrec e Van Gogh. Em seu regresso, foi convidado a participar da exposição da Associação de Berlim. Numa segunda viagem a Paris, começou a se especializar em gravações e litografias, realizando trabalhos para a Ópera. Em pouco tempo pôde se apresentar no Salão dos Independentes. A partir de 1907, morou na Alemanha, onde, além de exposições, realizou cenários. Passou seus últimos anos em Oslo, na Noruega. Uma de suas obras mais importantes é O Grito (1889). O Grito é um exemplo dos temas que sensibilizaram os artistas ligados a essa tendência. Nela a figura humana não apresenta sua linhas reais mas contorce-se sob o efeito de suas emoções. As linhas sinuosas do céu e da água, e a linha diagonal da ponte, conduzem o olhar do observador para a boca da figura que se abre num grito perturbador. Perseguido pela tragédia familiar, Munch foi um artista determinado a criar "pessoas vivas, que respiram e sentem, sofrem e amam". Recusou o banal, as cenas interiores pacíficas, comuns na sua época. A dor e o trágico permeiam seus quadros.

Vampira - Munch
O beijo - Munch