domingo, 29 de março de 2015

Liberdade guiando o povo (1830)- Delacroix

Liberdade guiando o povo - 1830 - Delacroix
"Delacroix retratou a Liberdade, tanto como figura alegórica de uma deusa como uma mulher robusta do povo, uma abordagem que os críticos contemporâneos denunciaram como "ignóbil". O monte de cadáveres (na tela) atua como uma espécie de pedestal de onde a Liberdade passa, descalça e com os seios nus, de lona e no espaço do espectador. O barrete que ela usa simbolizou a liberdade durante a primeira Revolução Francesa, de 1789-1794. A pintura tem sido vista como um marco para o fim da Era do Iluminismo, assim como muitos estudiosos vêem o fim da Revolução Francesa como o início da era romântica.

Os lutadores são uma mistura de classes sociais, que vão desde as classes mais altas, representadas pelo jovem com uma cartola, para a classe média ou a revolucionária burguesia, como exemplificado pelo menino segurando as pistolas (que pode ter sido a inspiração para o personagem Gavroche em Les Misérables de Victor Hugo). O que todos têm em comum é o ardor e a determinação nos olhos. Além da bandeira empunhada pela Liberdade, em tricolor, em segundo plano, pode ser vista também uma bandeira igual, muito longe, nas torres de Notre Dame.

A identidade do homem da cartola tem sido amplamente debatida. A sugestão de que era um auto-retrato de Delacroix foi eliminada pelos historiadores da arte moderna. No final do século XIX, foi sugerido o modelo de teatro Etienne Arago, outros têm sugerido o futuro provedor do Louvre, Frédéric Villot; mas não há um consenso firme sobre este ponto."

Portanto, " A Liberdade Guiando o Povo (em francês: La Liberté guidant le peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X. Uma mulher representando a Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, levando a bandeira tricolor da Revolução francesa em uma mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra. A pintura é talvez a obra mais conhecida de Delacroix." A obra apresenta característica romântica ao empregar os contrastes de luz e sombra conferindo maior emoção à cena. (Fonte: Do http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Liberdade_Guiando_o_Povo)


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sábado, 21 de março de 2015

O Boto - Vicente Rêgo Monteiro

O Boto

“O Boto, lendária figura que em noites de lua cheia se transforma em um belo jovem que seduz as donzelas à beira do rio, recebe nesta aquarela um tratamento cenográfico e barroco. A lua, grande círculo ao fundo, parece uma auréola amarelada e irradiante, destacando a figura do índio - o Boto -que segura a jovem seduzida num gesto elegante, como o de um bailarino, que ergue sua parceira no pas de deux.                                                                                                            
Estes ecos de bailado são compreensíveis pela freqüência a espetáculos de dança, acompanhando os bailados russos e suecos, a partir de 1913. A elegância dessa cena é ratificada pelo uso de linhas finas e o caráter esguio dos corpos."   Fonte: do site http://www.mac.usp.br/)
                                                                                                                              .
Quem é Vicente Rêgo?                                                                                         .
A pintura de Vicente do Rego Monteiro é marcada pela sinuosidade e sensualidade. Contido nas cores e contrastes, as obras do artista nos reportam a um clima místico e metafísico. A temática religiosa é freqüente em sua pintura, chegando a pintar cenas do Novo Testamento, com figuras que, pela densidade e volume, se aproximam da escultura .O pernambucano Vicente do Rego Monteiro (1899-1970) foi pintor, escultor, desenhista, ilustrador e artista gráfico. Nasceu em uma família de artistas. Descendia, por parte de mãe, do pintor PedroAmérico.                                                                                            .            
Ainda criança, iniciou seus estudos artísticos, em 1908, na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e em 1911 viajou com a família para Paris, onde passou a freqüentar a Academie Julién. Aos 14 anos teve alguns trabalhos selecionados para participar do Salon des Indépendants, em 1913. Em Paris, manteve contato com Amedeo Modigliani, Fernand Léger, Georges Braque, Joan Miró, Albert Gleizes, Jean Metzinger e Louis Marcoussis, importantes artistas modernistas.                                                                         .
...                                                                                                                           .
Em 1920, estudou a arte marajoara e tapajó das coleções do Museu Nacional do Rio de Janeiro, e esse tipo de estética passou a influenciar diretamente seus trabalhos.                                                                                                      .
A obra de Rego Monteiro incorporou a estética da cerâmica amazônica (a cor, o volume, a forma e a redução da figura), tornando-a uma característica marcante do modernismo brasileiro, que se propunha a resgatar, na arte, as origens do nosso povo.

Crucifixação

SEGUNDO Batista, Eduardo Pereira.  A escrita do esporte em Vicente do Rego Monteiro I Eduardo Pereira Batista.- Campinas, SP: {52f.}. 2006. " Rego Monteiro ingressa, na década de 1920, na "Escola de Paris" e sua obra recebe as marcas das "avant-guardes" européias.

 Vicente se alimenta na "dieta do regime cubista ".  As primeiras telas da década de 1920- Crucificação (1922) acima, Fuga para o Egito (1923), Flagelação ( 1923) e Pietá (1924)- possuem em comum, além do motivo religioso, uma composição cubista. A economia da matéria e das cores somadas à geometrização das formas e o equilíbrio da composição constituem as principais características do cubismo sintético de Juan Gris, em oposição ao cubismo analítico de Braque e Picasso."

    Os aspectos e as influências mais evidentes da obra do pintor Vicente do Rego Monteiro  em Crucifixação se referem a     Religiosidade, geometrização, figurativo, semelhança a baixos-relevos.                                                                                   
       Além do talento, Vicente do Rego Monteiro era um homem conhecido pela disposição e alegria de viver. Venceu muitos concursos de dança de salão na Paris dos anos 20. Entre 1969 e 1970 fez várias viagens do Recife ao Rio de Janeiro, dirigindo um Gordini. Fez seu nome na França como pintor,mas também como poeta.(Fonte:    http://www.pitoresco.com/espelho/valeapena/rego_monteiro/index.htm>.) 

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A Boba - Anita Malfatti

A Boba


“A Boba é um dos pontos mais altos da pintura de Anita. É fruto de uma fase em que a sua pintura expressionista absorve elementos cubo-futuristas. A Boba faz parte de um momento de "busca ativa", a tela é construída com a cor, numa orquestração de laranjas, amarelos, azuis e verdes, realçando as zonas cromáticas delineadas pelas linhas negras, na maioria diagonais - ordenação cubista. No primeiro plano, uma angulosa e assimétrica figura recebe aplicação irregular da cor. Na fisionomia, a expressão anormal e vaga é ressaltada por traços negros, segundo a estética expressionista do irracional e desarmônico. O fundo, elaborado com rápidas pinceladas, serve de contraponto.” (do site : http://www.mac.usp.br/)


“A pintura de Anita parece estar em um eterno descompasso com sua cidade. A São Paulo cosmopolita irá se constranger ao observar as telas toscas, adocicadas e falsamente ingênuas que Anita passa a produzir após a primeira fase modernista.
A artista que pintou obras como "O homem amarelo", "A Boba"(acima) e "Mulher de Cabelos Verdes", não quer mais ser vanguarda, nem acadêmica. Ela quer uma pintura simples, facilmente compreendida por todos e que dificilmente será aceita por seus colegas de aventura do modernismo.

A obra de arte A Boba foi pintada no período em que ela esteve nos Estados Unidos e é considerada um dos pontos mais altos da pintura de Anita, fruto de uma fase em que sua pintura, até então expressionista, absorve elementos cubo-futuristas. “(fonte: do blog: http://artedemestre.blogspot.com.br/2013/03/anita-malfatti-e-boba.html)

Anita Malfatti recebeu influência da cultura europeia e dos movimentos de vanguarda do início do século XX.

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