sábado, 7 de setembro de 2013

Independência ou Morte - Pedro Américo

O grito do Ipranga - Pedro Américo de Figueiredo e Melo
Você já deve ter visto esse quadro em livros ou até mesmo ao vivo (ele está no Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga em São Paulo.
O nome original dessa tela é "Independência ou Morte" mas ficou conhecida como "O Grito do Ipiranga".

A tela mede 7,60 x 4,15 m, tratando-se de uma tela retangular que representa a cena de Dom Pedro I proclamando a independência do Brasil. Na tela também aparecem: 
- à direita e à frente do grupo principal, em semicírculo, estão os cavaleiros da comitiva; à esquerda, e em oposição aos cavaleiros, está um longo carro de boi guiado por um homem do campo que olha a cena curiosamente.
Essa obra foi encomendada pelo governo imperial e pela comissão de construção do monumento do Ipiranga, antes que o Museu do Ipiranga existisse, e foi completado em Florença em 1888.

Na  interpretação oficial, D. Pedro I, rodeado por soldados vestidos em seus uniformes de gala, aparece como o príncipe regente que rompeu com a dominação de Portugal, erguendo sua espada às margens do Rio Ipiranga e decretando a independência do Brasil a partir daquela data (7 de setembro de 1822). Dizemos que esta imagem é a interpretação oficial porque foi construída para ser aceita e difundida como o marco histórico da separação da colônia brasileira em relação à metrópole portuguesa. O primeiro governante a difundir esta imagem acerca da proclamação da independência do Brasil foi D. Pedro II, que governou o Brasil no período de 1840 a 1889. A tela de Pedro Américo foi feita por encomenda do Imperador em parceria com o governo de São Paulo.

 "Pedro Américo recorre à composição elíptica, mais eficaz na construção da idéia de integração de todos os personagens ao grupo principal. A composição de Independência ou Morte é organizada em dois grandes semicírculos: um evolui do centro de tela para a direita, no qual se inscreve o grupo dos soldados, e o outro para a esquerda. As duas figuras que chegam a cavalo, ao final do séqüito de D. Pedro, marcam o início do semicírculo que, em movimento descendente, termina no eixo central que
tange o limite da tela."(OLIVEIRA e MATTOS, op. cit., p.89)

CONTUDO , A  imagem que consagrou o 7 de Setembro é verossímil, mas não relata com exatidão o ocorrido no Dia da Independência. "Foi uma cena produzida pela imaginação do pintor. O próprio Pedro Américo reconheceu que seria impossível fazer uma relação entre a pintura e o episódio. Não apenas porque havia uma grande diferença de tempo [a tela foi pintada em 1888, e a Independência ocorreu em 1822], mas também porque não seria possível reconstituir minuciosamente o acontecido, faltavam relatos", explicou em entrevista ao G1 a historiadora e professora da USP Cecília Helena de Salles, coautora do livro "O Brado do Ipiranga".

"As diferenças são significativas . Primeiro, não era comum usar cavalos, mas sim mulas, para fazer o trajeto da Serra do Mar. Os uniformes também eram galantes demais para o tipo de viagem que D. Pedro I estava fazendo. Sua comitiva também nem era tão numerosa - no máximo levava 14 pessoas. "A pintura histórica retrata o episódio de maneira grandiosa, e Américo criou toda uma situação na tela para ressaltar esse aspecto", diz a professora Cecília. D. Pedro I estava voltando a São Paulo quando recebeu documentos vindos de Portugal e, depois de os ler, declarou o Brasil independente."(http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1294850-16107,00 QUADRO+DO+GRITO+DA+INDEPENDENCIA+E+OBRA+DA+IMAGINACAO+DO+PINTOR.html)


 Beleza ideal
Uma das características gerais da pintura acadêmica é seguir os padrões de beleza da Academia de Belas Artes, ou seja, o artista não deve imitar a realidade, mas tentar recriar a beleza ideal em suas obras. Sim, a idéia foi retratar o fato como grandioso, com o intuito de enaltecer o Império e o nacionalismo - o Brasil havia proclamado sua independência havia pouco tempo.

O academismo, importado da Europa, dominou as artes plásticas no Brasil até o início do século 20. Por isso, prevaleciam temas históricos e mitológicos nas pinturas daquele período, temas típicos do neoclassicismo.

Pedro Américo


(Pedro Américo de Figueiredo e Melo), pintor brasileiro (Areia, PB, 1843 - Florença, 1905). Doutor em ciências físicas pela Universidade de Bruxelas, na Bélgica, freqüentou ainda cursos de filosofia e literatura em Paris, onde se aperfeiçoou em pintura. De retorno ao Brasil, conquistou a cátedra de desenho da Academia Imperial das Belas-Artes, transferindo-se mais tarde para a de história das artes, estética e arqueologia. Consagrado com a colocação de seu retrato na sala de pintores célebres da Galeria degli Uffizzi (Florença). Principais quadros: Batalha do Avaí, Grito do Ipiranga, Judith e Holofernes, Rabequista Árabe. 



A Batalha do Avaí - Pedro Américo













O artista se preocupava em estudar todos os detalhes de seus quadros, como roupas, armas e os tipos físicos das pessoas.

Rabequista Árabe - Pedro Américo





Judith e Holofernes - Pedro Américo
Judith rende graças a Jeová por ter conseguido livrar sua pátria dos horrores de Holofernes, 1880, Museu Nacional de Belas Artes



Fonte: Imagens do  [[Ficheiro:Pedro Américo]]  e uol.com 


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Série: A Anunciação - Leonardo Da Vinci - 1472-1475




A Anunciação - Leonardo Da Vinci -  1472-1475


 "A Anunciação, ou L’annunciazione, em italiano, é um óleo sobre painel de Leonardo da Vinci, pintado entre 1472 e 1475, com 98.4 × 217 cm de dimensão.

Representando o anjo Gabriel no momento que anunciava a Maria que fora escolhida pelo Senhor para ser a mãe de Jesus, seu filho, de acordo com o evangelho de Lucas 1:26.

O trabalho ficou oculto até 1867 quando foi transferido de um convento próximo a Florença para a Galeria degli Uffizi, também em Florença.Desde então, alguns investigadores mostraram a pintura como o primeiro trabalho deLeonardo da Vinci, embora outros estejam a favor de atribuir a pintura a outros pintores como: Ghirlandaio ou Verrocchio.Historiadores da arte Chegaram a atribuir A Anunciação a Verrocchio,mas em análises minuciosas,descobriram que o Batismo de Cristo de Leonardo Da Vinci encontrava-se a paisagem parecida de cipreste e teixos.Além disso,os anjos que aparecem nas duas obras são muito semelhantes.Ainda há quem afirme que Leonardo pintou o anjo e Verrocchio a Maria.Se for mesmo assim,uma obra pintada a quatro mãos geniais teria ainda mais valor.

As asas do anjo foram pintadas com precisão naturalista, um exemplo da curiosidade científica típica da carreira de Leonardo. Usou o seu conhecimento sobre as asas de pássaros para fazer as asas do anjo.

No primeiro plano, o pintor representa um tipo de tapete em flor no qual todas as flores foram pintadas com precisão.

Mais adiante, mar e as montanhas, emergindo da névoa azul clara que reflete com cuidado o modo de acordo com o qual as cores mudam com a variação da luz: o chiaroscuro e o sfumatto." (Fonte:Wikipedia)

                                                   Segunda versão - A Anunciação - 1478

 "Em 1478, Leonardo da Vinci com a ajuda do seu colega Lorenzo di Credi, pintou pela segunda vez a A Anunciação, mas desta vez, em um painel pequeno e com medidas muito desproporcionais, o que causou a dificuldade em pintar detalhes, ao contrário, a primeira anunciação, fora pintada em um painel de medidas colossais, e muito bem distribuídas (98 x 217 cm), o que, facilitou na colocação de pequenos detalhes. Muitos dos elementos utilizados por Leonardo são repetidos e alterados; ao contrário da Maria da primeira pintura, elegante e que parece possuir autoridade sobre o anjo, na segunda parece surgir subserviente a este (como se ele tivesse autoridade sobre Ela), tal como na obra-prima de Fra Angelico(abaixo). A sua postura de mulher provocadoramente culta e literata, que encontramos na primeira A Anunciação de Leonardo, desaparece na obra pintada com Lorenzo."(Fonte: Wikipédia e Obras Imortais)

 Há outras versões da obra em tela com os autores Fra Angelico,El Greco, Wyden que serão postos nesta série a seguir.
ANUNCIAÇÃO - FRA ANGÉLICO
A Anunciação - Fra Angelico

Giovanni da Fiesole, nascido Guido di Pietro Trosini, mais conhecido como Fra Angelico, (Vicchio di Mugello, 1387 — Roma, 18 de Fevereiro de 1455) foi um pintor italiano, considerado o artista mais importante da península na época do Gótico Tardio ao início do Renascimento.

"Em  ANUNCIAÇÃO as duas figuras apresentadas assumem uma atitude similar, de graciosa humildade, enquanto inclinam a cabeça uma para a outra e cruzam as mãos. A imagem representa um dos momentos decisivos da tradição cristã, quando o arcanjo Gabriel anuncia à Virgem Maria que Deus a escolheu como mãe de Cristo.
  A Anunciação foi criada por Fra Angelico como um painel devocional para o altar de São Domingos em Fiesole, perto de Florença. O raio diagonal de luz divina incide sobre Maria, iluminando o ultramarino de seu manto e os tons de pêssego do vestido. Do outro lado da coluna central, as vezes brilhantes de Gabriel também complementam o azul intenso.
  As asas do arcanjo ultrapassam o pórtico, parando na primeira parte da pintura, que mostra uma cena do Gênesis: a expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden. O episódio dá dramaticidade ao conjunto da pintura e contextualiza a Anunciação. Ou seja, Cristo nascerá para salvar a humanidade do pecado original.

Detalhes de A Anunciação se destacam:
1. Virgem Maria:
O rosto de Maria deixa evidente a perícia do artista nos detalhes. A pose de Maria, de mãos entrecruzadas, simboliza a submissão à vontade de Deus.
2. Arcanjo Gabriel:
O halo brilhante ao redor da cabeça de Gabriel reforça a divindade do principal mensageiro de Deus. A pose respeitosa do Arcanjo é tão graciosa quanto o gesto submisso de Maria e as duas figuras, cada uma emoldurada por um arco, se complementam.
3. Deus Pai:
Acima da coluna central do pórtico encontra-se a cabeça esculpida de um homem de barba. A imagem faz referência a Deus, onipotente, onipresente e onisciente.  
4. Adão e Eva:
Fora dos limites do pórtico são retratadas as figuras abatidas de Adão e Eva, que perderam a graça de Deus e estão sendo expulsos do Jardim do Éden, caminhando para fora da pintura. A intenção do artista foi contrastar o pecado com o estado imaculado de Maria, lembrando aos observadores de que Cristo nasceu para redimir os pecados da humanidade".(Fonte:Da  Universia)


ANUNCIAÇÃO - EL GRECO - 1600

Anunciação - El Greco


"Anunciação é uma pintura a óleo sobre tela tradicionalmente atribuída a El Greco e usualmente datada por volta de 1600. A obra integra um conjunto composto por ao menos sete versões quase idênticas, de graus variados de qualidade, todas tradicionalmente creditadas a El Greco e datadas entre 1595 e 1605. O tema da anunciação do anjo à Virgem Maria foi frequentemente tratado por El Greco e o conjunto de versões a qual pertence a obra em pauta parece derivar da composição homônima elaborada pelo artista para o tríptico de Módena, obra de juventude executada entre o fim do período cretense e o início do período veneziano.

A Anunciação é uma obra emblemática do caráter "expressionista" da arte de El Greco, fulgurante de luzes, cores e acordes cromáticos, em que a cenografia é composta por zonas plasticamente distintas, mas interligadas por movimentos ascensoriais e entrecortadas pela presença de luzes místicas e lampejos flamejantes. A pintura está relacionada ao período final da vida do artista em Toledo, em que sua produção assume uma postura mais religiosa, em comparação àquela de seu período italiano, alienando-se dos recursos tradicionais da estética renascentista - talvez por influência das novas doutrinas elaboradas pela Contra-Reforma. A obra em pauta é conservada no Museu de Arte de São Paulo (MASP) desde 1952.

Estão representados na obra a Virgem Maria, o arcanjo Gabriel, portador da revelação divina, e a pomba branca, símbolo do Espírito Santo. A composição é relativamente inusual na tradição iconográfica da Anunciação, com o anjo posicionado à direita da VirgemMaria se ajoelha em um altar, caracterizando a ocorrência do episódio em um local sagrado, segurando a Bíblia, aberta, com sua mão esquerda. A mão direita encontra-se erguida, à altura do ombro. Traja um vestido de cor vermelha, em alusão à paixão de Cristo, com um manto azul por cima, simbolizando ao mesmo tempo proteção e fidelidade. Um véu branco, símbolo de modéstia e virtuosidade, cobre-lhe a cabeça, deixando a face à mostra, com uma das orelhas descobertas, talvez uma referência ao escutar da mensagem divina. Maria se esquece por um instante do livro sagrado, voltando a cabeça para o lado esquerdo, em direção a Gabriel. Seu semblante é calmo, angelical.

O anjo flutua sobre uma nuvem, aparentemente carregada de chuva, com o corpo ligeiramente inclinado em direção a Maria. Seu traje é amarelo, cor da eternidade, com as mangas brancas. A mão direita se levanta para saudar a Virgem. A mão esquerda porta um ramo de lírios, simbolizando pureza, inocência e virgindade. Seu semblante também é calmo e sua fisionomia algo andrógena ou infantil. Gabriel fita a Virgem com os olhos semi-cerrados. Sua cabeça é coroada por uma auréola luminosa. Um lampejo ocupa toda a parte central da pintura, estendendo-se quase até o chão. De seu centro, surge a pomba branca, que voa em direção a Maria. A luz também incide sobre a Virgem, iluminando suas roupas e parte de seu rosto.


Perto da Virgem, na parte inferior do quadro, um cesto de costura contém um pano branco e uma tesoura. É uma referência ao "tecer do véu do Templo", mencionado pelo Evangelho de João. Ao seu lado, um vaso com um ramo dentro, ardendo em chamas que não o consomem, tal qual a sarça ardente de Moisés, um elemento raro em representações da anunciação. O segundo plano da composição, indefinido, sugere a forma de nuvens entrecortadas por luzes místicas. É bastante escuro, o que confere mais destaque (e dramaticidade) ao lampejo divino e à iluminação que dele se origina.

Como em diversas outras composições de El Greco, a cenografia desta Anunciação é concebida por meio de zonas plasticamente distintas, mas que se interligam por meio de acordes rítmicos mutuamente correspondentes. É possível traçar uma diagonal, prolongando-se do vértice superior esquerdo ao vértice inferior direito, separando as figuras da Virgem e do anjo em dois triângulos distintos. O anjo e a nuvem que o sustenta ocupam o triângulo superior, a Virgem e o cesto de roupas ao seu lado se conformam no triângulo inferior. O equilíbrio da obra é assimétrico, conseguido por meio da tensão estrutural dessas áreas distintas. Os contornos das extremidades das figuras da Virgem e do anjo sugerem um movimento circular ou ovóide, entrecortado pelas curvas paralelas da asa direita do anjo e das asas da pomba. Essa disposição auxilia no equilíbrio da composição, ao mesmo tempo em que lhe confere a sensação de movimento.


Os corpos alongados e retorcidos das personagens, que parecem libertas da gravidade, auxiliam não apenas no equilíbrio, mas, sobretudo, para enfatizar o misticismo do acontecimento. A figura ascensorial do anjo encontra eco na figura igualmente ascensorial de Maria. Isoladamente, as duas figuras sugerem a forma e o movimento de uma chama, como recomendava, já em 1584, Gian Paolo Lomazzo, em seu Trattato dell'arte della pittura. Interligadas pelo lampejo místico ao centro da composição, elas se unem em um contorno harmonioso de ritmo ascendente. O ponto de vista, radial, origina-se na cesta, fornecendo as coordenadas para a contemplação da obra, de baixo para cima, enfatizando a ascensão. O cromatismo complexo da obra e o fundo indefinido removem os objetos da cena do mundo natural, inserindo-os em uma atmosfera saturada de significados místicos, tornando indistintas as dimensões do real e do imaginário. Por fim, chama a atenção a proeminência conferida à figura do Espírito Santo como agente da encarnação, provavelmente fruto das doutrinas contra-reformistas sobre a atitude religiosa do pintor." (Fonte: Da Wikipédia)


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Morro - Cândido Portinari

Morro
1933. Fonte: Acervo Digital do Projeto Portinari.
Museum of Modern Art, New York, NY


Portinari ,como já colocado neste blog, é considerado um dos artistas mais prestigiados do Brasil e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.

A tela acima “MORRO” pertence ao acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York e apresenta aspectos inspirados no expressionismo, como a distorção subjetiva das figuras, formas e cores.Portinari de certa forma sempre foi criticado por “deformar”seus personagens principalmente no que tange a pés e braços, porém o mesmo explica o porquê de pernas e braços muitas vezes desproporcionais:    “Impressionavam-me os pés dos trabalhadores das fazendas de café. Pés disformes. Pés que podem contar uma história.Confundiam-se com as pedras e os espinhos. Pés sofridos com muitos e muitos quilômetros de marcha. Pés que só os santos têm. Sobre a terra, difícil era distingui-los. Os pés e a terra tinham a mesma moldagem variada. Raros tinham dez dedos, pelo menos dez unhas. Pés que inspiravam piedade e respeito. Agarrados ao solo eram como os alicerces, muitas vezes suportavam apenas um corpo franzino e doente. Pés cheios de nós que expressavam alguma coisa de força, terríveis e pacientes”.(PROJETO PORTINARI, 2009, p. 16).


Na obra “Morro” há  um delineamento de traçados da constituição do povo brasileiro e do contexto da situação social dessa gente. A favela, a lata de água na cabeça e o morro no fundo quase desértico podem significar a aridez do lugar social.As telas deste período se caracterizam por uma superfície marrom dominante, que simboliza a terra roxa da cidadezinha paulista Bodowski onde nasceu .Os céus das paisagens são turvos e o artista abusa dos contrastes de claro-escuro e dos efeitos de luz. As cores que surgem em sua obra, são um reflexo vivo desta cultura absorvida e apresentada pelo artista, são as cores da sua época, das suas lembranças presentes na memória,

A pastosidade das tintas também é um componente marcante nas obras desse período.Temos aí uma tela  inspirada na sociedade brasileira com figuras tipicamente nacionais e carregadas de emoção,ou seja, são retratos fiéis da realidade dos moradores da Baixada Fluminense.

 Como totalidade, a obra de Portinari constitui um valioso panorama da realidade brasileira.



quinta-feira, 28 de março de 2013

Madeleine au Bois d'Amour - Émile Bernard

                                  Madeleine au Bois d'Amour [Magdalena na Floresta de Amor]

 

 Émile Henri Bernard (28 de abril de 1868 - 16 de Abril de 1941) é conhecido como um pintor pós-impressionista que tinha amizades artísticas com Van Gogh, Gauguin e Eugène Boch e em um momento posterior, Cézanne. A maioria de sua obra notável foi realizado em uma idade jovem, nos 1886 anos através de 1897. Ele também está associada com cloisonnism e Synthetism, dois movimentos da arte final do século 19. Menos conhecido é obra literária de Bernardo, compreendendo peças, poesia e crítica de arte, assim como arte declarações históricas que contêm informações em primeira mão sobre o período crucial da arte moderna em que Bernard tinha contribuído.
conteúdo

"Emile Bernard tinha  apenas 20 anos de idade quando  pintou este retrato de tamanho real de sua irmã Magdalena, 17 anos de idade acima. A menina está na Floresta de Amor, na orla da aldeia Breton de Pont-Aven,(A Aven é o rio que atravessa Pont-Aven, na Bretanha.). Seu trabalho Madeleine no Bois d'Amour (1888) é definido na madeira mesmo que o Paul Sérusier do Talisman (1888).

 
Émile Bernard passou o verão em Pont-Aven, Bretanha, trabalhando com Gauguin. Ele pintou sua irmã reclinada no chão, perto da margem do rio Aven. Sua postura rígida e forma achatada dá à obra um ar icônico, reforçada pela disposição rígida de árvores verticais e horizontais de faixas de terra e água. Synthetism é o nome que  Émile Bernard e Paul Gauguin deu a esta combinação distinta de elementos naturais, composição decorativa, e imagens evocativas.
A forma excessivamente alongada da menina  de 17 anos de idade,  Bernard paira irmã a Madeleine desajeitadamente em primeiro plano, como se adicionados a uma paisagem já concluída.

O corpo da menina ocupa toda a largura da tela, dividindo a composição em duas partes: parece uma paisagem pintada em estúdio que a partir de estudos encheu dois terços da tela .Ambos os lados coexistem sem unidade, apesar dos paralelos entre a posição calculada Magdalena e Aven rio, que corre atrás das árvores. A luz, o toque, as cores são diferentes. . Esta não é uma cena realista, mas com toques de um retrato alegórico de um jovem que por Gauguin foi ferido. Aparece imersa em sonhos, ouvir as vozes da natureza divina.

Naquela época, Emile Bernard e sua irmã estavam muito perto do líder da nova escola " impressionista sintética" que se estabeleceu a pintar em Pont-Aven por vários meses. Para fugir do naturalismo defendido pelos impressionistas da geração de 1870, recomendado por massas e cores de pintura impostoa a fim de distanciar respeito ao realismo. Os detalhes, os efeitos de volume e perspectiva, são sacrificados para o benefício de uma visão geral."

 Bernard teorizou um estilo de pintura com formas arrojadas separados por contornos escuros, que se tornou conhecido como cloisonnism. Seu trabalho mostrou tendências geométricas que indicavam as influências de Paul Cézanne, e ele colaborou com Paul Gauguin e Vincent van Gogh.

Émile Bernard  não logrou espaço célebre no meio da pintura (embora tenha obras maravilhosas) e, somente foi conhecido por estudiosos de van Gogh e poucos "fans". Seguiu pintando com afinco até a morte por natureza espontânea.


  Fonte: Musée d Orsay