A Anunciação - Leonardo Da Vinci - 1472-1475 |
Representando o anjo Gabriel no momento
que anunciava a Maria que fora escolhida pelo Senhor para ser a mãe
de Jesus, seu filho, de acordo
com o evangelho de Lucas 1:26.
O trabalho ficou oculto
até 1867 quando foi transferido de um convento próximo a Florença para a Galeria degli Uffizi, também em
Florença.Desde então, alguns investigadores mostraram a pintura como o primeiro
trabalho deLeonardo da Vinci, embora outros estejam a
favor de atribuir a pintura a outros pintores como: Ghirlandaio ou Verrocchio.Historiadores da arte
Chegaram a atribuir A Anunciação a Verrocchio,mas em análises
minuciosas,descobriram que o Batismo de Cristo de Leonardo Da Vinci
encontrava-se a paisagem parecida de cipreste e teixos.Além disso,os anjos que
aparecem nas duas obras são muito semelhantes.Ainda há quem afirme que Leonardo
pintou o anjo e Verrocchio a Maria.Se for mesmo assim,uma obra pintada a quatro
mãos geniais teria ainda mais valor.
As asas do anjo foram
pintadas com precisão naturalista, um exemplo da curiosidade científica típica
da carreira de Leonardo. Usou o seu conhecimento sobre as asas de pássaros para fazer as asas
do anjo.
No primeiro plano, o
pintor representa um tipo de tapete em flor no qual todas as
flores foram pintadas com precisão.
Mais adiante, o mar e as montanhas, emergindo da
névoa azul clara que reflete
com cuidado o modo de acordo com o qual as cores mudam com a variação da luz: o chiaroscuro e
o sfumatto." (Fonte:Wikipedia)
ANUNCIAÇÃO - FRA ANGÉLICO
A Anunciação - Fra Angelico |
Giovanni da Fiesole, nascido Guido di Pietro Trosini, mais conhecido como Fra
Angelico, (Vicchio di Mugello, 1387 — Roma, 18 de Fevereiro de 1455) foi um
pintor italiano, considerado o artista mais importante da península na época do
Gótico Tardio ao início do Renascimento.
"Em ANUNCIAÇÃO
as duas figuras apresentadas assumem uma atitude similar, de graciosa
humildade, enquanto inclinam a cabeça uma para a outra e cruzam as mãos. A
imagem representa um dos momentos decisivos da tradição cristã, quando o
arcanjo Gabriel anuncia à Virgem Maria que Deus a escolheu como mãe de Cristo.
A Anunciação foi criada por Fra Angelico
como um painel devocional para o altar de São Domingos em Fiesole, perto de
Florença. O raio diagonal de luz divina incide sobre Maria, iluminando o
ultramarino de seu manto e os tons de pêssego do vestido. Do outro lado da
coluna central, as vezes brilhantes de Gabriel também complementam o azul
intenso.
As asas do arcanjo ultrapassam o pórtico,
parando na primeira parte da pintura, que mostra uma cena do Gênesis: a
expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden. O episódio dá dramaticidade ao
conjunto da pintura e contextualiza a Anunciação. Ou seja, Cristo nascerá para
salvar a humanidade do pecado original.
Detalhes de A Anunciação se
destacam:
1. Virgem Maria:
O rosto de Maria deixa evidente
a perícia do artista nos detalhes. A pose de Maria, de mãos entrecruzadas,
simboliza a submissão à vontade de Deus.
2. Arcanjo Gabriel:
O halo
brilhante ao redor da cabeça de Gabriel reforça a divindade do principal
mensageiro de Deus. A pose respeitosa do Arcanjo é tão graciosa quanto o gesto
submisso de Maria e as duas figuras, cada uma emoldurada por um arco, se
complementam.
3. Deus Pai:
Acima da coluna
central do pórtico encontra-se a cabeça esculpida de um homem de barba. A
imagem faz referência a Deus, onipotente, onipresente e onisciente.
4. Adão e Eva:
Fora dos limites do pórtico são
retratadas as figuras abatidas de Adão e Eva, que perderam a graça de Deus e
estão sendo expulsos do Jardim do Éden, caminhando para fora da pintura. A
intenção do artista foi contrastar o pecado com o estado imaculado de Maria,
lembrando aos observadores de que Cristo nasceu para redimir os pecados da humanidade".(Fonte:Da Universia)
"Anunciação é uma pintura a óleo sobre tela tradicionalmente atribuída a El Greco e
usualmente datada por volta de 1600. A obra integra um conjunto composto por ao
menos sete versões quase idênticas, de graus variados de qualidade, todas
tradicionalmente creditadas a El Greco e datadas entre 1595 e 1605. O tema da anunciação
do anjo à Virgem Maria foi frequentemente tratado por El Greco e o conjunto de
versões a qual pertence a obra em pauta parece derivar da composição homônima
elaborada pelo artista para o tríptico de Módena, obra de juventude executada
entre o fim do período cretense e o início do período veneziano.
A Anunciação é uma obra emblemática do caráter "expressionista" da arte de El Greco, fulgurante de luzes, cores e acordes cromáticos, em que a cenografia é composta por zonas plasticamente distintas, mas interligadas por movimentos ascensoriais e entrecortadas pela presença de luzes místicas e lampejos flamejantes. A pintura está relacionada ao período final da vida do artista em Toledo, em que sua produção assume uma postura mais religiosa, em comparação àquela de seu período italiano, alienando-se dos recursos tradicionais da estética renascentista - talvez por influência das novas doutrinas elaboradas pela Contra-Reforma. A obra em pauta é conservada no Museu de Arte de São Paulo (MASP) desde 1952.
Estão representados na obra a Virgem Maria, o arcanjo Gabriel, portador da revelação divina, e a pomba branca, símbolo do Espírito Santo. A composição é relativamente inusual na tradição iconográfica da Anunciação, com o anjo posicionado à direita da Virgem. Maria se ajoelha em um altar, caracterizando a ocorrência do episódio em um local sagrado, segurando a Bíblia, aberta, com sua mão esquerda. A mão direita encontra-se erguida, à altura do ombro. Traja um vestido de cor vermelha, em alusão à paixão de Cristo, com um manto azul por cima, simbolizando ao mesmo tempo proteção e fidelidade. Um véu branco, símbolo de modéstia e virtuosidade, cobre-lhe a cabeça, deixando a face à mostra, com uma das orelhas descobertas, talvez uma referência ao escutar da mensagem divina. Maria se esquece por um instante do livro sagrado, voltando a cabeça para o lado esquerdo, em direção a Gabriel. Seu semblante é calmo, angelical.
ANUNCIAÇÃO - EL GRECO - 1600
Anunciação - El Greco
A Anunciação é uma obra emblemática do caráter "expressionista" da arte de El Greco, fulgurante de luzes, cores e acordes cromáticos, em que a cenografia é composta por zonas plasticamente distintas, mas interligadas por movimentos ascensoriais e entrecortadas pela presença de luzes místicas e lampejos flamejantes. A pintura está relacionada ao período final da vida do artista em Toledo, em que sua produção assume uma postura mais religiosa, em comparação àquela de seu período italiano, alienando-se dos recursos tradicionais da estética renascentista - talvez por influência das novas doutrinas elaboradas pela Contra-Reforma. A obra em pauta é conservada no Museu de Arte de São Paulo (MASP) desde 1952.
Estão representados na obra a Virgem Maria, o arcanjo Gabriel, portador da revelação divina, e a pomba branca, símbolo do Espírito Santo. A composição é relativamente inusual na tradição iconográfica da Anunciação, com o anjo posicionado à direita da Virgem. Maria se ajoelha em um altar, caracterizando a ocorrência do episódio em um local sagrado, segurando a Bíblia, aberta, com sua mão esquerda. A mão direita encontra-se erguida, à altura do ombro. Traja um vestido de cor vermelha, em alusão à paixão de Cristo, com um manto azul por cima, simbolizando ao mesmo tempo proteção e fidelidade. Um véu branco, símbolo de modéstia e virtuosidade, cobre-lhe a cabeça, deixando a face à mostra, com uma das orelhas descobertas, talvez uma referência ao escutar da mensagem divina. Maria se esquece por um instante do livro sagrado, voltando a cabeça para o lado esquerdo, em direção a Gabriel. Seu semblante é calmo, angelical.
O anjo flutua sobre uma nuvem, aparentemente
carregada de chuva, com o corpo ligeiramente inclinado em direção a Maria. Seu
traje é amarelo, cor da eternidade, com as mangas brancas. A mão direita se
levanta para saudar a Virgem. A mão esquerda porta um ramo de lírios,
simbolizando pureza, inocência e virgindade. Seu semblante também é calmo e sua
fisionomia algo andrógena ou infantil. Gabriel fita a Virgem com os olhos
semi-cerrados. Sua cabeça é coroada por uma auréola luminosa. Um lampejo ocupa
toda a parte central da pintura, estendendo-se quase até o chão. De seu centro,
surge a pomba branca, que voa em direção a Maria. A luz também incide
sobre a Virgem, iluminando suas roupas e parte de seu rosto.
Perto da Virgem, na parte inferior do quadro, um cesto de
costura contém um pano branco e uma tesoura. É uma referência ao "tecer do
véu do Templo", mencionado pelo Evangelho de João. Ao seu lado, um vaso
com um ramo dentro, ardendo em chamas que não o consomem, tal qual a sarça
ardente de Moisés, um elemento raro em representações da anunciação. O segundo
plano da composição, indefinido, sugere a forma de nuvens entrecortadas por
luzes místicas. É bastante escuro, o que confere mais destaque (e
dramaticidade) ao lampejo divino e à iluminação que dele se origina.
Como em diversas outras composições de El Greco, a
cenografia desta Anunciação é concebida por meio de zonas plasticamente
distintas, mas que se interligam por meio de acordes rítmicos mutuamente
correspondentes. É possível traçar uma diagonal, prolongando-se do vértice
superior esquerdo ao vértice inferior direito, separando as figuras da Virgem e
do anjo em dois triângulos distintos. O anjo e a nuvem que o sustenta ocupam o
triângulo superior, a Virgem e o cesto de roupas ao seu lado se conformam no
triângulo inferior. O equilíbrio da obra é assimétrico, conseguido por meio da
tensão estrutural dessas áreas distintas. Os contornos das extremidades das
figuras da Virgem e do anjo sugerem um movimento circular ou ovóide,
entrecortado pelas curvas paralelas da asa direita do anjo e das asas da pomba.
Essa disposição auxilia no equilíbrio da composição, ao mesmo tempo em que lhe
confere a sensação de movimento.
Os corpos alongados e retorcidos das personagens, que
parecem libertas da gravidade, auxiliam não apenas no equilíbrio, mas,
sobretudo, para enfatizar o misticismo do acontecimento. A figura ascensorial
do anjo encontra eco na figura igualmente ascensorial de Maria. Isoladamente,
as duas figuras sugerem a forma e o movimento de uma chama, como recomendava,
já em 1584, Gian Paolo Lomazzo, em seu Trattato dell'arte della pittura.
Interligadas pelo lampejo místico ao centro da composição, elas se unem em um
contorno harmonioso de ritmo ascendente. O ponto de vista, radial, origina-se
na cesta, fornecendo as coordenadas para a contemplação da obra, de baixo para
cima, enfatizando a ascensão. O cromatismo complexo da obra e o fundo indefinido
removem os objetos da cena do mundo natural, inserindo-os em uma atmosfera
saturada de significados místicos, tornando indistintas as dimensões do real e
do imaginário. Por fim, chama a atenção a proeminência conferida à figura do
Espírito Santo como agente da encarnação, provavelmente fruto das doutrinas
contra-reformistas sobre a atitude religiosa do pintor." (Fonte: Da Wikipédia)