segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Mamoeiro (1925) - Tarsila do Amaral

O mamoeiro (1925) - Tarsila do Amaral

O mamoeiro (1925),  Tarsila retrata a paisagem brasileira com intenso colorido.

"Esta obra mostra o início da ocupação dos morros das grandes cidades. A simplificação e estilização das formas promovem certa relação com o cubismo.
Mostrando a vida simples, o dia a dia das pessoas ( roupas no varal), vizinhas que se visitam, mãe com filhos. É importante refletir sobre a mudança de hábitos das pessoas a partir da grande concentração de pessoas que hoje habitam os morros. Frutas e plantas tropicais são estilizadas geometricamente.

 Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas, Tarsila somente aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Numa confeitaria paulistana, foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses novos amigos passaram a frequentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco. Este grupo foi o mais importante da Semana de Arte Moderna de 1922.

Em 1924, em meio à uma viagem de "redescoberta do Brasil" com os modernistas brasileiros e com o poeta franco-suíço Blaise Cendrars, Tarsila iniciou sua fase artística "Pau-Brasil", dotada de cores e temas acentuadamente tropicais e brasileiros, onde surgem os "bichos nacionais"(mencionados em poema por Carlos Drummond de Andrade), a exuberância da fauna e da flora brasileira, as máquinas, trilhos, símbolos da modernidade urbana. A Antropofagia propunha a digestão de influências estrangeiras, como no ritual canibal (em que se devora o inimigo com a crença de poder-se absorver suas qualidades), para que a arte nacional ganhasse uma feição mais brasileira.

Tarsila do Amaral foi à representante do movimento Pau-Brasil que, subdividido nas fases construtivo, exótico e metafísico, representa o cúmulo da brasilidade, traduzida não somente em seus temas humanos e nacionais, como também nas cores vivas até então rejeitadas por uma academia retrógrada e passadista.
Seus tons, de intensidade e força absurdas, são reminiscências de infância da pintora nascida em Capivari, interior de São Paulo. Desde então, Tarsila adota de forma quase que rebelde e contestadora cada colorido excessivo para, assim, melhor representar um país-aquarela."

"O Mamoeiro   pertence à Fase Pau-Brasil. Nessa fase as pinturas de Tarsila exaltavam a natureza tropical, valorizavam a brasilidade, os tipos humanos como os caboclos e os negros, e a tranqüilidade das pequenas cidades" (.Fonte:http://fotolog.terra.com.br/mev:16 )
 Nesta fase a influência da escola cubista é marcante ,mas a diferença entre Tarsila e os outros pintores da época  reside no fato de que ela representa a temática de nosso país com cores fortes - ditas caipiras - que seus professores diziam ser de mau gosto desaconselhando-a a utilizá-las m sua obra. 


Saiba mais sobre Tarsila no vídeo abaixo:


sábado, 12 de maio de 2012

Perfume de Inverno - Adelina Jacob (2011)

Perfume de Inverno - Adelina Jacob (2011)
 Adelina Jacob formada em Letras ,pós graduada em Liguíistica e Literatura Brasileira e Artista Plástica contemporânea vem despontando no cenário nacional com suas xilogravuras e aquarelas participando de bienais e exposições no Brasil,bem como na Itália e neste mês na Irlanda do Norte em exposição esta que mostra obras de artistas de todo o mundo no Waterfront Hall de Belfast ( Reino Unido ) aberta em 03/05/2012 estendendo-se até 30 de maio.

 A Xilogravura é a arte de gravar em madeira. Primeiro o artista esculpe na madeira o que deseja desenhar, depois através das etapas a seguir se conclui o trabalho. Primeiro se faz a Matriz -  taco de madeira gravado com instrumentos de corte;em seguida a Entintagem - a tinta é colocada na área que não foi encavada através de um rolo e, depois disso a Impressão- transporte da imagem para o papel através de pressão a mão ou no prelo, ele imprime no papel o desenho feito.

Sua gravura acima  é resultado de pesquisas no campo dos perfumes e flores que vem fazendo há muito tempo." “ Perfume de Inverno” é uma xilogravura com técnica apurada , sua composição primorosa juntamente com a escolha das cores, devidamente estudadas e testadas definem a delicadeza do seu trabalho. Além de mostrar uma composição madura e equilibrada."(Beto Bertagna)

A gravura é uma técnica exigente, tanto na execução quanto na criação, pois ela pede disciplina e paciência. O resultado é a própria gravura que dita.Adelina Jacob foi uma das representantes do Estado de Rondônia na  5ª Bienal Nacional de Gravura OLHO LATINO , em maio de 2011.Foram selecionadas 243 obras de 147 artistas de várias regiões do país e,entre elas a de Adelina Jacob do Estado de Rondônia.
Detalhes importantes que fazem toda diferença na Xilogravura é o fato de que a área que é escavada na madeira é aquela que não receberá tinta e a imagem será impressa de forma espelhada. É importante gravar as letras ao contrário.Após feita a gravação da imagem passa-se uma camada de tinta na qual  é necessário utilizar um rolinho de borracha.É um trabalho que exige concentração,delicadeza e talento, coisa que não falta à alma sensível de Adelina Jacob em seus trabalhos xilográficos e nas suas aquarelas. Geralmente as xilogravuras eram usadas nas capas de cordel do Nordeste embora ainda naquela época fossem apenas arabescos usados nas pequenas tipografias nordestinas.Na atualidade vários são os xilógrafos de cordel que se destacam. O pesquisador Joseph M. Luyten, no ensaio "A Xilogravura Popular Brasileira e suas Evoluções", enumera os seguintes xilógrafos: Abraão Batista (Juazeiro); Ciro Fernandes (Rio de Janeiro); José Costa Leite (Condado); Marcelo Alves Soares (São Paulo); Minelvino Francisco Silva (Itabuna); Severino Gonçalves de Oliveira (Recife) e podemos acrescentar a esses grandes nomes Adelina Jacob (Porto Velho) que vem se destacando com um trabalho de sutileza ímpar, diferente dos grandes cordelistas mas com personalidade própria.

Vea alguns trabalhos de Aquarelas de Adelina Jacob   A Q U I